domingo, 30 de agosto de 2009

Um Paraíso na Terra


Nos dias em que estive em Tomar, não pude – como de costume – deixar de visitar locais (para mim) especiais. Não os visitei a todos; nem a “curta” semana, nem a imensidão desses lugares, dariam para o fazer.
Não prometo, mas tenciono falar de alguns desses locais, como por exemplo: Mata Nacional dos Sete Montes, Jardim do Mouchão (e respectiva Roda), os Estaus, Ponte velha sobre o Nabão, etc.. Além disso, há que falar de alguns estabelecimentos comerciais que são já referências para a própria Cidade, pela sua antiguidade, frequência, História, etc.. Temos o caso da Casa Cotralha e Irmãos (da qual ainda resta uma loja), da Casa Matreno e da Casa das Ratas, alguns cafés e outras lojas que ainda resistem, apesar de a maior parte destas, já ter mudado de gerência e empregados.

Hoje dedico este espaço a um dos sítios obrigatórios: Café Paraíso.
Este magnífico café criado, salvo erro, nos anos 40, manteve-se até aos dias de hoje (embora, entretanto, com algumas modificações e obras).
Tem uma sala ampla, enorme, com as paredes laterais cobertas por espelhos; tectos altos; candeeiros da época; ventoínhas da época; ambiente da época, mas bem enquadrado nos tempos modernos. Ao fundo, o balcão que ocupa quási toda a largura da sala; em cima deste, uma antiga máquina para cafés e chás; desse lado acaba o balcão, há entradas para os lavabos, e acesso a um salão de jogos.

Curioso é que, durante o dia, a frequência da casa é fraca. São os mais velhos que a procuram de manhã e de tarde. A salvação deste Paraíso, é a noite, durante a qual o velho Café Paraíso se “transforma” num moderno bar, com a esplanada completa, a sala cheia e o salão de jogos com bastante movimento.

Foto: Aspecto dos tectos, candeeiros e ventoínhas (ainda em funcionamento).

4 comentários:

Maria disse...

Corvo:
Estás a ficar Pato Bravo.
O Paraíso era o café do avô. Era lá que ia comprar jornais, cautelas, tabaco, engrxar os sapatos e claro, beber o café e o Macieira Velho, mais tarde substituído pelo 1920. Era lá que se juntava com os amigos em amena cavaqueira. Muitas vezes brinquei no pátio das traseiras.
É um dos cafés mais bonitos que conheço.
Se vais falar de coisas de Tomar, decomenta-te. Já alguns de lá chegam para dizer disparates.
Gosto que tenhas essa paixão pela minha terra. Dou-te um bocdinho dela. O resto é meu.
Beijinhos da mãe
Pata Brava

Anónimo disse...

Corvo, meu amigo,

Decididamente teremos que combinar um passeio guiado a Tomar.
Do pouco que conheço gosto muito.
Estou aqui deste lado, à espera de mais referências e História das histórias de Tomar e do Nabão.

Saudades e um beijinho
Nemy

Vasco disse...

Sim, era frequentado pelo avô. Certa ocasião foi necessário deslocar uma mesa de bilhar uns centímetros. Todos disseram que, tal era o seu peso, que seria impossível. O avô disse: "Quanto apostam que sou capaz de levantar um pé da mesa sozinho?"
E para o espanto de todos os que aassistiam, não é que ele conseguiu levantar?

Beijos do filho CorVo Bravo

Vasco disse...

Já sabes, Nemy: quando quiseres e calhar bem aos dois, iremos a Tomar. O guia é que é um bocadinho "chato" de aturar...
É sítio onde nunca faltam coisas para fazer. Fica prometido!

Beijos do Corvo.