domingo, 30 de agosto de 2009

Um Paraíso na Terra


Nos dias em que estive em Tomar, não pude – como de costume – deixar de visitar locais (para mim) especiais. Não os visitei a todos; nem a “curta” semana, nem a imensidão desses lugares, dariam para o fazer.
Não prometo, mas tenciono falar de alguns desses locais, como por exemplo: Mata Nacional dos Sete Montes, Jardim do Mouchão (e respectiva Roda), os Estaus, Ponte velha sobre o Nabão, etc.. Além disso, há que falar de alguns estabelecimentos comerciais que são já referências para a própria Cidade, pela sua antiguidade, frequência, História, etc.. Temos o caso da Casa Cotralha e Irmãos (da qual ainda resta uma loja), da Casa Matreno e da Casa das Ratas, alguns cafés e outras lojas que ainda resistem, apesar de a maior parte destas, já ter mudado de gerência e empregados.

Hoje dedico este espaço a um dos sítios obrigatórios: Café Paraíso.
Este magnífico café criado, salvo erro, nos anos 40, manteve-se até aos dias de hoje (embora, entretanto, com algumas modificações e obras).
Tem uma sala ampla, enorme, com as paredes laterais cobertas por espelhos; tectos altos; candeeiros da época; ventoínhas da época; ambiente da época, mas bem enquadrado nos tempos modernos. Ao fundo, o balcão que ocupa quási toda a largura da sala; em cima deste, uma antiga máquina para cafés e chás; desse lado acaba o balcão, há entradas para os lavabos, e acesso a um salão de jogos.

Curioso é que, durante o dia, a frequência da casa é fraca. São os mais velhos que a procuram de manhã e de tarde. A salvação deste Paraíso, é a noite, durante a qual o velho Café Paraíso se “transforma” num moderno bar, com a esplanada completa, a sala cheia e o salão de jogos com bastante movimento.

Foto: Aspecto dos tectos, candeeiros e ventoínhas (ainda em funcionamento).

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A praia e as cores das bandeiras


Já não ia à praia há mais ou menos dois anos. Na verdade, não é coisa de que sinta grande falta, mas havendo boa companhia e bom tempo, torna-se bem agradável.
Hoje, na Costa da Caparica, a bandeira estava amarela no sítio onde estivemos, mas lá perto havia uma bandeira do Benfica, perto das rochas. Como Estorilista que sou, preferi a bandeira canária que, como o clube, não dá para ir muito longe. A vermelha é mais perigosa... Ainda há a verde, que é mais segura, e que hoje pode ser que dê esperança ao Sporting frente ao Fiorentina.

Foi pena, pois a temperatura da água estava agradável, mas só deu para uns banhos, bem pertinho de terra.

domingo, 23 de agosto de 2009

Tomar: Football na Igreja


Já tinha lido num jornal local da Cidade Templária que uns meninos jogavam à bola, usando a entrada da Igreja de S. João Baptista como baliza. Só visto, pensei. Passei a última semana em Tomar e, tive a ocasião de, numa noite, ver pontapear bolas contra a parede do monumento. Não se admira, pois, partes da parede exterior com falta de tinta, e vamos ver se não se vão notar mais estragos. De facto, não percebo a necessidade de irem jogar mesmo à frente da Igreja. A Praça D. Manuel I, já é ampla; além disso, Tomar tem campo de jogos!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sem passe ou bilhete, ainda fica mais barato


Entrei hoje no autocarro da tarde, perto de uma estação de Metropolitano. Atrás de mim, veio um conjunto de mais de 12 pessoas (a maioria, crianças), que pareciam pertencer ao mesmo grupo. Enquanto reparava que o resto das cadeiras estavam a ser preenchidas e o autocarro enchia, logo na primeira paragem, pensava: Praia ao dia de semana, devem estar de férias. Tirando férias, não deve compensar tirar o passe; e, mesmo que tirem bilhetes individuais, a brincadeira há-de ficar cara, e ainda tiveram de apanhar outros transportes... Pensei: hoje em dia, quási toda a gente tem carro. Se fossem à praia de carro, sairia mais barato!
O autocarro já estava em andamento, a chegar a outra paragem, quando outra coisa me interrompeu estas reflexões: O tal grupo saiu em peso, pelas duas portas de saída do autocarro, e iam muito apressados. Entram três fiscais, (eu estava no banco dos parolos), sendo que uma funcionária se dirigiu mais rapidamente para o fundo do autocarro. Quando lhe vou para mostrar o passe por esta pedido, deu-me um ataque de riso! - A Senhora perguntou: - Por que é que o senhor se está a rir? Respondi-lhe: - Vocês deviam aparecer mais vezes, porque o autocarros andam cheios, e agora, já ficámos com mais espaço! Houve mais risos, inclusivamente, o da revisora.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Copy-Past no Miradouro de Santa Luzia


Nas alturas menos boas da vida, uns fumam, outros bebem para afogar as mágoas. A minha "muleta" é passear e ir para sítios que acalmam.
Assim sendo, hoje escolhi o Miradoiro de Santa Luzia, que tem uma vista espectacular, sobre o Tejo, e sobre belos edifícios. Pena é o ajuntamento de lixo que se encontra num telheiro logo abaixo do (também) mijadouro.
Como se não bastasse, a degradação deste lindo espaço, está a ganhar terreno. Onde se verifica mais, é na falta de azulejos. Há painéis completos, e outros incompletos, ou quási inesistentes. Respeitando o estilo dos completos, poderiam aproveitar para restaurar o resto.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Nabão


Fará, no dia 5 de Setembro, onze anos que os meus pais e eu passeávamos pela Feira da Boca do Inferno. Quando já nos íamos embora, fiquei um pouco para trás, e vi um cachorrinho castanho, sem focinho, escassos bigodes, e mal conseguia andar. Chamei a minha mãe, e disse-lhe: “anda cá ver o que é que está aqui”. Viu-o, e perguntou à dona se lhe podia pegar ao colo, ao que esta respondeu prontamente que sim. Ao ver a ternura com que a minha mãe pegava e olhava o canito, a senhora perguntou se queria ficar com ele. Resposta da minha mãe: “Está a falar a sério? Olhe, que não diga isso outra vez, que o levo mesmo!”; A senhora: - “Já vi que é uma pessoa que gosta de animais, e que o vai estimar. Por isso, leve-o.” Voltámos lá, mais umas vezes, para a antiga dona ver como é que estava a ser tratado.
Poucos dias depois do achado, foi ao veterinário, tendo este estimado que o bicho teria um mês de idade. Encontrado a 5 de Setembro, recuou-se um mês, e ficou oficial a data de nascimento do Nabão a 5 de Agosto de 1998.
Hoje, com 11 anos de idade, ainda faz lembrar o cachorrinho que era quando foi lá para casa.
Como todos nós, tem virtudes e defeitos; é meigo, mas resmungão; esperto, mas chantagista; nervoso, brincalhão, ciumento, etc.. Em suma: tem personalidade.

É uma data muito fácil de lembrar, pois no mesmo dia, mas há mais uns aninhos, nasceu o meu primo mais velho, João Cláudio, evidentemente, também com as suas virtudes e outros feitios.

PARABÉNS AOS DOIS, do “irmão” e primo.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Depois da bonança, vem a tempestade


Parecia estar tudo a correr tão bem. A palavra União - uma das minhas predilectas - parecia estar em vantagem. Um íman une-se a outro, desde que numa posição... desta vez, os pedaços de íman, estavam desorganizados.
Se a União faz a força, a Desunião faz a fraqueza.

No meio desta confusão, e num gesto de fraqueza, resolvi levar um cão abandonado para casa, para cuidar dele. Hoje, saí mais cedo do emprego, para ir com ele ao veterinário, mas, ao chegar a casa, deparei-me com um cenário pouco animador: cortinas rasgadas, o móvel de rádio dos meus avós arranhado, a coberta do sofá com uma espécie de rendas, etc. Tive de tomar uma decisão drástica: arranjar a quem dar o cão. O senhor veio cá buscá-lo, quási à porta de casa, e levou-o - penso - que para os lados de São João da Talha. Lá ficará, até que lhe arranjem um dono. Mas, se estiver muito doente, entregam-no ao canil municipal. Não me parecia assim tão doente. Tenho fé que encontre um bom lar para ser feliz. Em todo o caso, não tenciono procurar pelo bicho, pois não quero receber nenhuma notícia desagradável.

Vou parar por aqui, pois não digo coisa com coisa....

Até dias melhores, se Deus quiser.