
Nos dias em que estive em Tomar, não pude – como de costume – deixar de visitar locais (para mim) especiais. Não os visitei a todos; nem a “curta” semana, nem a imensidão desses lugares, dariam para o fazer.
Não prometo, mas tenciono falar de alguns desses locais, como por exemplo: Mata Nacional dos Sete Montes, Jardim do Mouchão (e respectiva Roda), os Estaus, Ponte velha sobre o Nabão, etc.. Além disso, há que falar de alguns estabelecimentos comerciais que são já referências para a própria Cidade, pela sua antiguidade, frequência, História, etc.. Temos o caso da Casa Cotralha e Irmãos (da qual ainda resta uma loja), da Casa Matreno e da Casa das Ratas, alguns cafés e outras lojas que ainda resistem, apesar de a maior parte destas, já ter mudado de gerência e empregados.
Hoje dedico este espaço a um dos sítios obrigatórios: Café Paraíso.
Este magnífico café criado, salvo erro, nos anos 40, manteve-se até aos dias de hoje (embora, entretanto, com algumas modificações e obras).
Tem uma sala ampla, enorme, com as paredes laterais cobertas por espelhos; tectos altos; candeeiros da época; ventoínhas da época; ambiente da época, mas bem enquadrado nos tempos modernos. Ao fundo, o balcão que ocupa quási toda a largura da sala; em cima deste, uma antiga máquina para cafés e chás; desse lado acaba o balcão, há entradas para os lavabos, e acesso a um salão de jogos.
Curioso é que, durante o dia, a frequência da casa é fraca. São os mais velhos que a procuram de manhã e de tarde. A salvação deste Paraíso, é a noite, durante a qual o velho Café Paraíso se “transforma” num moderno bar, com a esplanada completa, a sala cheia e o salão de jogos com bastante movimento.
Foto: Aspecto dos tectos, candeeiros e ventoínhas (ainda em funcionamento).