


Este post que aqui segue não será, certamente, de grande interesse para muita gente. Mas estou certo que quem lhe puder achar algum, o lerá.
Até há bem pouco tempo, a pessoa chegada de família que tinha atingido idade mais avançada, tinha sido a minha bisavó Alda.
A minha tia-avó, sua filha - que fui visitar na semana passada - já a ultrapassou. Não fosse um AVC que teve há quatro anos, estaria muito melhor. Mas o propósito do que aqui escrevo (desta vez não vai para a gaveta), é a sua grande parecença física (e até psíquica) em relação à mãe.
Mas isto não fica por aqui - E O QUE PODE SER CURIOSO PARA MAIS PESSOAS: É que a Maria (sobrinha e afilhada), quando tiver mais uns anos, vai parecer uma fotocópia. Gestos e tudo.
Só uma coisa não se parece com a afilhada: é que com os seus 98 anos e 8 meses, ainda gosta do seu copinho de vinho tinto, que bebe com gosto.
No Domingo sentou-se à mesa no quintal, rodeada das suas duas filhas, e um filho, mais o genro, dois netos e um sobrinho-neto. Habituada de pequena a ter a família junta, a obidense estava contente, via-se no seu rosto.
Aguentou o almoço longo que terminou perto das cinco da tarde, sem adormecer. Ali, sempre a fazer-nos companhia.
Ainda lhe estive a mostrar velhas fotos digitalizadas no computador, mostrando atenção especial para as pessoas de quem mais gostava.
É uma pessoa cuja vida não foi muito fácil, tendo-lhe "pregado" algumas partidas, mas foi sempre muito lutadora, como ainda hoje se verifica pela sua enorme resistência e teimosia. Quando não quer uma coisa, não vale a pena insistir.
E nós por aqui, até qualquer dia, se Deus quiser e eu me apetecer escrever.
6 comentários:
Corvo
Achas que vou lá chegar? Duvido.
A tia Vera também diz que me pareço com ela. Sempre o disseram. Quase parece mal dizê-o (parece que estou a auto-elogiar-me) mas, era uma mulher linda.
Quanto à teimosia, é marca da casa. Até tu és teimoso.
Obrigada filho. Este elogio à minha madrinha,soube-me bem. Ela é o que me resta da geração do meu pai. Era a irmã que mais gostava.
Beijinho
Mãe
Não sabemos quanto anos podemos durar, mas que estás a ficar cada vez mais parecida, estás.
Tens de ir vê-la para veres o que digo.
Bjs.
É verdade são parecidas !
Não sei se sou parecida a alguma tia mas à minha mãe, sim, sou eu a mais parecida. Que bom ! é uma "vingancinha" ao meus irmãos que me faziam chorar porque diziam que eu era uma adoptada! Agora sei que não e verdade, e a sério até nem me importaria !Sempre recebi muito amor e foi até ao fim !
beijinhos
Verdinha
Verdinha,
e o teres sempre recebido amor é o que mais interessa. Evidentemente que o resto também conta.
Quanto aos teus irmãos te chamarem "adoptada" Deus escreve direito por linhas tortas.
Beijinhos e bom fim de semana.
Vasco
Vasco
Às vezes - as parecenças vão-se mantendo por tempos sem fim.
Se não houver sofrimento pelo meio é muito bonito chegar a esta idade.
Um voto à longevidade de todos os corvos.
Abraço
Obrigado, Kim.
Neste caso, a minha tia-avó - para além das partidas que a vida lhe foi pregando - sofreu um AVC há quatro anos, que a impossibilitou de voltar a caminhar e falar. No entanto, está a viver em casa da neta, rodeada de mais familiares chegados, e com as melhores condições que são possíveis, sendo que todos os dias vão lá duas senhoras ajudá-la a tomar banho, vestir e sentá-la, para não estar acamada. Pelo menos, tem o carinho de uma família sempre presente e que não a abandona num lar.
Abraço do Vasco.
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