sábado, 18 de outubro de 2008

Quem é a Maria


Maria, e simplesmente Maria, assim assina os comentários deste blogue e de outros associados – entre os quais, o “Alcatruzes da Roda”, de sua autoria.

Assim se chamava a Mãe de Jesus. Eu não sou Jesus, mas sou filho de uma Maria.


Basta ouvi-la por telefone para perceber se está ou não bem, basta ouvir-lhe a respiração para perceber que está nervosa com qualquer coisa, etc..
Pondo o facto de ser a minha Mãe à parte – para ser mais realista – vou tentar, com algumas palavras, descrever esta Maria:


Maria:

Quem dera muita gente ter as tuas virtudes.
Há quem as tenha em pouca quantidade,
E faça propaganda daquilo que não tem.
De ti, vou agora dizer algumas verdades
Tentando não fugir muito da realidade,
Mas dizendo aquilo que da alma me vem.

Frágil físicamente, mas forte de coração,
És o amparo dos que sentem angústias.
Quando acaba o marasmo, ficas tonta...
Foi do pó provocado por toda a confusão,
Que, mesmo depois, nos melhores dias
Pareces uma autêntica Maria Tonta.

Não aparentando, és muito afectiva,
Sem para isso fazeres manifestações
Afectuosas que, resalve-se, abominas.
Às vezes, um beijo, uma festa, até rima,
E muito bem, pois são sinceras reacções.
Afecto é coisa que, por vezes, dominas.

O vocábulo “revolta” surge na injustiça.
Não suportas o que fere a Humanidade,
Sobretudo, quando toca a pessoas inocentes,
Principalmente, crianças, velhos e doentes,
Que são as maiores vítimas da maldade,
Muitas vezes despoletada pela cobiça.

Não falas por falar, sem saber a rigor.
Primeiro, certificas-te que estás certa.
Depois dizes o que pensas do assunto.
Quando te exprimes vais ao pormenor,
Deixas umas pessoas de boca aberta:
Não pensavam que fosses tão a fundo!

Resumindo e concluíndo, te participo mais:
Relativamente ao teu perfil mais acentuado,
Com os seguintes adjectivos o descrevo:
Afectiva, culta, correcta, humana, são tais,
Para mim, as tuas qualidades de maior relevo.
Porém a tua humildade é um médio pecado.

Humildade em conta nunca fez mal a alguém,
Mas em excesso, tudo se torna prejudicial.
Antes do teu blogue, escondeste-te muito.
Desde a tua cultura do tamanho do mundo,
Passando pela tua conduta humana e liberal,
Culminando com a justiça e luta pelo bem.


Mãe, são estes os aspectos que considero mais marcantes e de maior valor em ti.
Desculpa-me a má poesia mas, para mim, é mais difícil descrever algumas pessoas em prosa.

Beijos de um grande admirador da “Maria” dos “Alcatruzes da Roda”.

12 comentários:

Anónimo disse...

Meu exageradissimo filho:
A Maria, ficou atordoada, com o retrato que, fizeste dela. Esqueceste-te de dizer que, ela é teimosa, chata, irritadiça, que às vezes acorda zangada com ela e com o mundo e, nessas alturas, não é fácil de aturar. Não disseste, como às vezes sou possessiva, que se um de vocês, demora a telefonar, faço um drama e, outras coisas mais.
De qualquer maneira, fico muito feliz, por saber o que um dos meus filhos, pensa de mim.
Foi bom, muito bom.
Beijos, meu Corvo e, obrigada.
Mas não esqueças nunca, que os ídolos têm pés de barro.
Ama-me, mas não me adores.
Beijo
Maria

Kim disse...

Parabéns Vasco! A Maria tua mãe é uma doçura. Nota-se nas suas crónicas, a melancolia dos dias tristes. Tal como eu, também ela sente o tempo a fugir e isso torna-a nostálgica.
Felizmente que a vida se recicla e o nosso tempo acaba para dar lugar a novos rebentos. É assim a natureza.
Quando se tem uma mãe com os predicados da tua é de aproveitá-la até à exaustão.
Pena só darmos conta dessa realidade quando a noite já chegou.
Um abraço Vasco

Anónimo disse...

Todas as mães devem ter orgulho em ter um filho como tu, neste mundo de egoísmos és uma pessoa muito humana e amigo do seu amigo.

Vasco disse...

Maria, esqueci-me de mencionar outro adjectivo: teimosa. Só que este, tanto pode ser positivo, como negativo. Tu bem o sabes!

Como vez, não exagerei, até me esqueci de mencionar algumas coisas.

Agora, uma pergunta: Os ídolos existem!?

Vasco disse...

Kim, já tinha percebido que admiravas e entendias muito bem a Maria, minha Mãe.
Dizes que a vida se recicla. Até certo ponto, concordo. Mas, os que partem, aquilo que se vai embora, o passado, não o podemos trazer de volta, apenas nas nossas recordações.
A minha Mãe tem tido uma paciência enorme para me contar coisas que lhe pergunto, sobre a família, sobre histórias e costumes do seu tempo e até mais antigas, pelo facto de ser uma "coca-bichinhos", que sabe coisas de muito antes de ter nascido.

Um abraço, Kim.

Vasco disse...

Gonçalo,

Agradeço e compreendo muito bem as tuas palavras.

Fico feliz por pensares que sou, humano e amigo do meu amigo. Até concordo, só que penso que isso não basta; tenho que melhorar, pois ainda não consegui fazer muito com isso.

Um abraço.

Anónimo disse...

Corvo:
Eu tive um "Idolo". Um dia, descbri-lhe os pés de barro e sofri muito. Depois, levei um tempo, para refazer a imagem que tinha dele e, torná-la humana. Custou-me muito, mas o amor que lhe tinha, ultrapassava o resto.
Beijo
Maria

Anónimo disse...

Vasco,
A Maria, tua mãe, é uma pessoa muito especial. Só assim compreendo que tu sejas a excelente e terna pessoa que és.
Parabéns Maria! Parabéns Vasco!
Saudades e um beijinho
Nemy

Vasco disse...

Obrigado pelas tuas sempre simpáticas palavras.
Também és uma amiga muito especial!
Beijo do Vasco.

Carla D'elvas disse...

Os 4 do Estoril, também, gostam muitoooooooooooo da tua mãezinha, Vasco ;)

Beijinhos, para ELA e para ti!

Carla
Diogo
Mariana
Martim

O Bicho disse...

Vasco,
pequeno corvo,
grande poema,
linda declaração.

mariabesuga disse...

Eu, como já disse noutro comentário, conheci há pouco tempo esta Maria, a tua mãe Maria. Não posso ainda saber-lhe os jeitos mas adivinho-lhe bons princípios, um coração doce e uma alma forte. Ao que parece também um génio forte...

De qualquer forma... fantástica forma de falar da mãe. Bonita "homenagem" à Maria tua mãe. Muito bonita. Deve ser por isso que ela diz que tens uma alma igual à dela.

Abraço
Maria Girassol