Faz hoje 99 anos que nasceu um Homem que deixou grande marca nesta Terra. Trabalhou até aos 89 anos, e viveu até aos 92. Viveu muitas dificuldades, mas tinha uma grande resistência e encontrava soluções para os problemas com grande facilidade. Sabia viver. Ou melhor – aprendeu a viver. Passou por vários ofícios: jornalista, escriturário, contabilista, seguros, etc... Enquanto jornalista, em meados dos anos 1930’s, conheceu muita gente da chamada “alta roda”, do cinema, do teatro, entre outros.
Tinha uma memória notável, e muitas histórias (verdadeiras) para contar. Uma dessas que ele contava, era esta “laracha” (como ele dizia):
- “Havia, na Rua Anchieta, em Lisboa, num 1º andar um jornal. Logo por cima, no 2º andar, havia uma “casa de meninas”.
(Nesse jornal era frequente publicarem artigos insultando Brito Camacho (um dos importantes políticos do início da República em Portugal).
Um amigo seu, ia mostrando-lhe – escandalizado – as blasfémias que diziam de si, mas Brito Camacho, “encolhia os ombros, e não se ralava”. Um dia, depois de começar A Lucta, que era um jornal que ele tinha, aparece um texto
“que rezava assim: - Há na Rua Anchieta, número tantos, primeiro andar, um jornal que se mete comigo; chama-me porco, isto, e aquilo, aqueloutro e tal, tal, tal, que se esquece dos serviços que eu prestei ao país, como Ministro, como Governador Colonial, etc, etc, por aí fora... obrigam-me – qualquer dia – a ir ao segundo andar e fazer queixa às mamãs. Era um bocado do estilo do Camilo.”
Como esta história, contou muitas outras que, às vezes – calhando em conversa – conto.
Tinha uma memória notável, e muitas histórias (verdadeiras) para contar. Uma dessas que ele contava, era esta “laracha” (como ele dizia):
- “Havia, na Rua Anchieta, em Lisboa, num 1º andar um jornal. Logo por cima, no 2º andar, havia uma “casa de meninas”.
(Nesse jornal era frequente publicarem artigos insultando Brito Camacho (um dos importantes políticos do início da República em Portugal).
Um amigo seu, ia mostrando-lhe – escandalizado – as blasfémias que diziam de si, mas Brito Camacho, “encolhia os ombros, e não se ralava”. Um dia, depois de começar A Lucta, que era um jornal que ele tinha, aparece um texto
“que rezava assim: - Há na Rua Anchieta, número tantos, primeiro andar, um jornal que se mete comigo; chama-me porco, isto, e aquilo, aqueloutro e tal, tal, tal, que se esquece dos serviços que eu prestei ao país, como Ministro, como Governador Colonial, etc, etc, por aí fora... obrigam-me – qualquer dia – a ir ao segundo andar e fazer queixa às mamãs. Era um bocado do estilo do Camilo.”
Como esta história, contou muitas outras que, às vezes – calhando em conversa – conto.
É desta forma que ele queria que o lembrassem depois de partir, das histórias que contava, das suas máximas, etc..